POLÍTICA - Presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP/AL) sobe o tom contra Bolsonaro e fala em "remédios políticos amargos" a serem usados pelo Congresso
POLÍTICA - Presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Arthur Lira (PP/AL) sobe o tom contra Bolsonaro e fala em "remédios políticos amargos" a serem usados pelo Congresso
"Tudo tem limite", disse o presidente da Câmara sobre a condução da pandemia por Bolsonaro, fazendo ameaça velada de CPIs e de abertura de impeachment: "estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar"
247 - Depois de se reunir com Jair Bolsonaro para definir estratégias de combate ao coronavírus, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) criticou a condução da pandemia pelo governo Jair Bolsonaro e, pela primeira vez desde que assumiu a presidência, fez ameaças veladas ao governo.
Segundo Lira, se Bolsonaro e equipe não corrigirem os rumos das ações contra a Covid-19, o Congresso poderá impor ao governo "remédios políticos amargos", alguns deles fatais.
Foi a primeira vez em que o presidente da Câmara ameaçou, mesmo que indiretamente, instalar CPIs ou até mesmo abrir processo de impeachment de Bolsonaro.
Afirmando não ser justo colocar todas as consequências da pandemia na conta de Bolsonaro, Lira advertiu: "estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar". Ele também criticou o trabalho do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
O presidente da Casa afirmou "que o momento é grave” e que “tudo tem limite". “E CPIs ou lockdowns parlamentares, medidas com níveis decrescentes de danos políticos, devem ser evitados. Mas isso não depende apenas desta Casa. Depende também, e sobretudo, daqueles que fora daqui precisam ter a sensibilidade de que o momento é grave, a solidariedade é grande, mas tudo tem limite".
A pessoas próximas, no entanto, o deputado disse, segundo a Folha de S. Paulo, que seu discurso se referia "à gestão 'tripartite' da saúde e da pandemia para demonstrar que seu objetivo não era cobrar somente Bolsonaro".
Créditos Brasil 247.
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