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LFS POLÍTICA: Repercutimos para você a edição do UOL NAS ELEIÇÕES --- Arthur Lira (d) participa da convenção do PL que oficializou a candidatura de Jair Bolsonaro (PL/RJ)

 

Segunda-feira, 25/07/2022
 
Arthur Lira (d) participa da convenção do PL que oficializou a candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição
Arthur Lira (d) participa da convenção do PL que oficializou a candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição
Mauro Pimentel/AFP
 
  
Em convenção, Bolsonaro cria o novo normal das eleições
Alberto Bombig

Transcorreram sem grandes surpresas as convenções que homologaram as três principais candidaturas ao Palácio do Planalto, de Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT), os mais bem colocados na preferência do eleitor, segundo o Agregador de Pesquisas do UOL.

Mas é justamente nesse ponto que reside o grande risco das eleições presidenciais brasileiras neste ano: o lançamento de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição repetiu intimidações golpistas, atacou instituições e convocou para as ruas os apoiadores do presidente, sempre com o intuito de pressionar a democracia, o sistema eleitoral e a Justiça.

Ou seja, apesar da aparente "falta de novidade", continua não sendo normal nem aceitável o tipo de ameaças desferidas pelo presidente da República na convenção realizada no domingo (24), no Rio de Janeiro.

Bolsonaro, mais uma vez, utilizou um evento previsto no calendário eleitoral de um país democrático para, ao fim e ao cabo, atacar a própria democracia, suas instituições e seu sistema eleitoral. Quem apostou na mudança de postura do presidente, novamente perdeu.

Se é possível apontar alguma "novidade" até aqui nas convenções, é a presença de Arthur Lira (PP-AL) ao lado de Bolsonaro, desfazendo, de uma vez por todas, a ideia ingênua de que a aliança do centrão com o chefe do Executivo era apenas pragmática, calcada no toma lá, dá cá do Congresso. Ela é também programática e ideológica, inclusive no ataque ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Afinal, não pode ser considerado "normal" em nenhuma democracia que se preze o presidente da Câmara estar junto do presidente da República enquanto ele faz ataques aos ministros da Suprema Corte e convoca militantes em discurso cheio de entrelinhas. Não bastasse seu silêncio sobre a reunião de Bolsonaro com os embaixadores, Lira, a partir de agora, deixa claro de que lado está jogando nestas eleições.

Com a convenção do Rio de Janeiro, termina a história, repetida à exaustão, de que o Lira e outros próceres do centrão atuariam como "moderadores" de Bolsonaro. Em termos simbólicos, o encontro político do PL também sacramentou publicamente a aliança eleitoral de Lira com Bolsonaro e, consequentemente, a união entre Executivo e Legislativo para colocar sob suspeição as eleições deste ano.

De seu lado, Bolsonaro fez elogios desbragados ao aliado e verbalizou aquilo que todos já sabiam: se mantém no Planalto graças à complacência do presidente da Câmara. "Eu sei que a figura mais importante hoje aqui sou eu. Mas, se não é o Arthur Lira, esse cabra da peste de Alagoas, não teríamos chegado a esse ponto. Obrigado, Lira", disse o presidente.

Figura de destaque na convenção de 2018, o general Augusto Heleno, aquele que cantava "se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão", não apareceu no ato deste ano. Não faz mais diferença: agora é oficial, a campanha eleitoral começará com Bolsonaro, bancado pelo presidente da Câmara, seguindo firme em sua cruzada ideológica, sua guerra cultural e sua estratégia de violência.

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O que mais você precisa saber

BAIXO CUSTO

O MDB deve economizar ao menos R$ 1,5 milhão com a realização de sua convenção por meio virtual ou remoto, marcada para o dia 27 próximo. Esse foi, inclusive, um dos motivos usados para rechaçar pedido encabeçado pelo ex-presidente Michel Temer para que o encontro fosse presencial.

O cálculo tem como base os valores gastos com passagens e estrutura na convenção nacional que escolheu Balei Rossi (SP) presidente do partido, em 2019.

Mas a economia pode ser ainda maior: em 2018, a convenção que referendou a candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto custou R$ 1,8 milhão. Desse total, R$ 340 mil foram só com passagens áreas.

A previsão da direção nacional do MDB é de um custo total de R$ 10 mil com a realização da convenção por meio virtual.

TASSO NO TELHADO

Surgiram dúvidas na aliança em torno de Simone Tebet (MDB) sobre se o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é mesmo a melhor opção de vice para a presidenciável. Apesar de muito respeitado em diversos ciclos, especialmente os econômicos, o senador cearense agrega pouca modernidade, digamos assim, assim à chapa. Ademais, a eventual entrada dele de cabeça na campanha parece não ser capaz de arrastar todos os tucanos para o desafio de colocar em pé uma alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro.

Nos bastidores, surgiu o nome de Raquel Lyra (PSDB-PE) para ficar com a vaga.

TEMER NO JOGO?

entrevista do ex-presidente Michel Temer ao UOL provocou grande repercussão no mundo político. Apesar dos elogios que ele fez a Simone Tebet, nos bastidores ainda prosseguem costuras para lançá-lo candidato ao Planalto, nem que seja para melar o jogo e abrir caminho para a ala simpática ao ex-presidente Lula no MDB.


Créditos UOL

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