Pular para o conteúdo principal

'Dissidentes' estão à frente dos atos pró-Bolsonaro

'Dissidentes' estão à frente dos atos pró-Bolsonaro

Grupos têm pauta difusa e estão alinhados com o presidente e o núcleo ideológico do governo

Presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia em homenagem à atuação brasileira na Segunda Guerra Mundial, no Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Castelo Branco / Agência O Dia / Estadão Conteúdo
A esses movimentos, articulados majoritariamente pelo WhatsApp, se soma uma rede de influenciadores digitais alinhados com o clã Bolsonaro e com o núcleo ideológico do governo, que tem o escritor Olavo de Carvalho como principal referência.
Enquanto os dois principais grupos anti-Dilma de 2015 - o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua - se afastaram de Bolsonaro e adotaram bandeiras institucionais como a reforma da Previdência, outros de matriz mais radical mantiveram o discurso antiesquerda que pautou a eleição presidencial e os discursos.
Para evitar o isolamento, as pautas do dia 26 são difusas: defesa do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro (Justiça), CPI da Lava Toga e reforma da Previdência. O que prevalece, porém, é uma retórica contra a classe política, que é acusada de conspirar para derrubar o presidente. O Centrão, que será crucial na aprovação de projetos de interesse do governo no Congresso, se tornou alvo principal da rede bolsonarista.
Segundo levantamento feito pelo Estado, os principais grupos à frente dos atos do próximo domingo são Avança Brasil, Consciência Patriótica, Direita São Paulo e Movimento Brasil Conservador. Além deles, dezenas de outros grupos menores atuam nas redes sociais.

Seguidores

Em número de seguidores, nenhum deles supera o MBL, com 3,4 milhões no Facebook, nem o Vem Pra Rua, com 2,3 milhões. O grupo pró-Bolsonaro com mais seguidores é o Avança Brasil, com 1,5 milhão.
"Aqui tem olavetes, intervencionistas, católicos e templários. Todos queremos um Brasil melhor", afirmou a dona de casa e estudante Elizabeth Rezende, uma das líderes do Juntos pela Pátria, grupo que tem 12 mil seguidores.
Na manifestações de 2015 lideradas pelo MBL e o Vem Pra Rua, Elizabeth estava de verde-amarelo no meio da multidão. Em 2017, filiou-se ao PSL para disputar uma vaga de deputado estadual. Derrotada, passou a se dedicar ao grupo que hoje lidera.
Já o Direita São Paulo é mais antigo e estruturado. O grupo tem sede própria e terá um carro de som na Avenida Paulista, no ato de domingo. Além disso, tem discurso afinado com Bolsonaro e com o núcleo ideológico do governo. "Bolsonaro não tem de fazer acordos com o Centrão e a velha política em troca de favores", afirmou um dos líderes do grupo, Edson Salomão.
Outro movimento que se organiza para o dia 26 é o monarquista. Segundo o líder da Confederação Monárquica no Rio, Rodrigo Dias, o grupo vai reforçar o apoio ao pacote anticrime de Moro e à manutenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na Justiça. Além disso, afirmou, terá espaço a "causa monárquica".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POLÍTICA - CORRIDA ELEITORAL

POLÍTICA - CORRIDA ELEITORAL ******************  CORRIDA ELEITORAL  Lula jantou com caciques do MDB. No cardápio, a tentativa de conseguir o apoio do partido já no primeiro turno, com a fritura da candidatura de Simone Tebet. ..........................  Ficou para 7 de maio o lançamento da pré-candidatura de Lula. ..........................  Continua a novela do vice de Bolsonaro. Segundo o presidente, há "90% de chances" de ser Braga Netto.  ****************** Créditos UOL

FERNANDO HADDAD - ”Antiantirracismo”

  FERNANDO HADDAD - ”Antiantirracismo” Sabemos que, ainda hoje, há uma prática no Brasil de simplesmente negar o racismo. Todo aquele discurso eugênico de embranquecer o país, que prevaleceu até os anos 1930, deu lugar à ideia de democracia racial, supostamente evidenciada pela miscigenação. Anos antes da Abolição, foi aprovada a Lei Saraiva (1881), que negava aos analfabetos o direito de votar. Na virada do século 19, os alfabetizados representavam 15% da população. Entre os negros, esse número, considerados censos latino-americanos com recorte racial (Cuba e Porto Rico), devia girar em torno de 2%. Essa realidade só veio mudar com o fim da ditatura militar, cem anos depois, em 1985, quando a taxa de analfabetismo no Brasil ainda era de 22%. A de negros, de cerca de 36%. O povo passou a votar. A luta pela universalização do direito à educação ganhou impulso. E logo os negros bateram à porta da universidade, que permanecia fechada. Vieram o Prouni (2004), o Reuni (2007), o Enem/SiSu (2

Michelle e Eduardo incitavam Bolsonaro a dar Golpe de Estado, diz Cid em delação

Michelle e Eduardo incitavam Bolsonaro a dar Golpe de Estado, diz Cid em delação.  Créditos Aguirre Talento/Colunista do UOL, leia mais: https://noticias.uol.com.br/colunas/aguirre-talento/2023/11/10/michelle-e-eduardo-incitavam-bolsonaro-a-dar-golpe-diz-cid-em-delacao.htm   ------------------------------------------------ Seja bem vindo (a)!!! Te convido a seguir as nossas redes sociais! - https://capitaofernando.blogspot.com/2023/11/siga-as-redes-sociais-do-blog-do.html   - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - LFS Política - Acúmulo de Postagens - https://docs.google.com/document/d/1ZeTS-6ffHRGN_RcyIjGw66frUpRzywjhCpe0ZGLoFpA