Tucanato em franco declínio - A conversa fiada dos tucanos, de aumento da bancada de deputados em 2014
Leio que o PSDB aposta no peso das máquinas estaduais dos oito Estados que governa comandados pelo partido para reverter a queda contínua de sua bancada na Câmara dos Deputados nas três últimas eleições (2010-2006-2002). O PSDB tem os governadores de Paraná, São Paulo, Minas, Alagoas, Pará, Roraima, Tocantins e Goiás.
O partido ainda elegeu 99 deputados federais em 1998 (ano da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso), mas de lá para cá só “cresce para baixo”, sua bancada no Congresso Nacional mingua ano a ano – atualmente tem menos da metade do espaço conquistado há 15 anos.
Com a formação do bloco PP-PROS, com 68 deputados, os tucanos passarão a ser apenas a 4ª bancada, o que não ocorre desde 2002. O PSDB tem em exercício 46 deputados, atrás do PT (88), PMDB (76) e PP-PROS (68). Nas eleições de 2010 os tucanos elegeram 54 deputados federais, oito a menos que em 2006 e 12 a menos que em 2002, ano em que perdeu a eleição presidencial e se tornou oposição
Sempre tiveram governadores e há 15 anos suas bancadas só definham
Agora eles dizem que apostam no peso de seus oito governadores para fazer crescer as bancadas nestes Estados. Mas eles tinham, elegeram ou reelegeram governadores antes e nem isso impediu que degringolassem nas urnas. O discurso deles impressiona a imprensa, mas, na hora de votar, o eleitor tem deixado claro que considera o PT o partido do povo (maior bancada na Câmara) e o PSDB o partido das elites.
Fora o fato de que esses oito governadores do PSDB não vão lá muito bem. Apostar neles? Eles dificilmente tirarão o partido do 4º ou 5º lugar – se não caírem mais – na votação para a Câmara. O povo, repito, sabe que o PSDB é um partido da elite e das privatizações. Sabe e prova saber disso há pelo menos três eleições nacionais.
Daí o esforço dos tucanos, com apoio da mídia, em confundir concessões (pelas quais o bem público, vencida a concessão, volta a integrar o patrimônio nacional) com privatizações (a liquidação definitiva das empresas e bens públicos que os tucanos promovem na bacia das almas).
Além de investir em governadores que não estão lá tão bem das pernas, o PSDB traçou a estratégia de filiar e lançar candidatos esportistas, artistas, figuras com trânsito na mídia e vida nacional, dignas de respeito mas que não são políticas. Ir atrás de personalidades, apesar de legítimo, só comprova a falta de votos do partido. Fonte: Blog do Zé
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