Por intervenção do ex-presidente Lula, o PT do Rio de Janeiro adiou mais uma vez a saída do governo Sérgio Cabral (PMDB), que havia sido remarcada para amanhã.
O recuo é um revés para o senador petista Lindbergh Farias, pré-candidato ao Palácio Guanabara em 2014. Ele pretendia usar a posse da nova direção estadual da sigla como lançamento informal de sua pré-campanha.
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O grupo de Cabral tenta convencer o PT a retirar a candidatura própria para apoiar o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Lindbergh apareceu em terceiro lugar em pesquisa Ibope divulgada nesta semana, com 11% das intenções de voto. Pezão está em sexto, com 4%, mas aposta na máquina estadual para crescer.
Ontem o vice-governador disse que o número de pré-candidatos vai diminuir, sugerindo que terá apoio de mais partidos aliados.
"Eu não acredito que vá haver nove candidaturas. A gente tem que esperar decantar, ver realmente quem vai ser candidato", afirmou Pezão.
Lindbergh disse ter atendido a "apelo" de Lula para adiar o rompimento com Cabral, mas afirmou que continua a defender a entrega dos os cargos no governo.
"Lula me disse que a candidatura está consolidada. Atendemos ao pedido dele, mas o sentimento do partido é de sair do governo ainda em dezembro", afirmou.
O PT não lançou candidato ao governo do Rio em 2010 para apoiar Cabral, que disputava a reeleição. Na época, Lula impediu Lindbergh de concorrer contra o aliado.
Os petistas controlam duas secretarias na administração estadual, com Carlos Minc (Ambiente) e Zaqueu Teixeira (Assistência Social e Direitos Humanos).
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