A perda de Eduardo Campos é uma tragédia para a política nacional. Campos era,
sem dúvida, uma dos grande talentos da política nacional e, mesmo não sendo
eleito, teria papel relevante nas próximas décadas em nosso país. Cumpre, neste
momento, avaliar, as conseqüências políticas de seu falecimento.
Provavelmente, Marina Silva deve ser a sucessora de Eduardo Campos como
cabeça de chapa do PSB. A partir desse ponto, devemos considerar duas questões:
o aumento da probabilidade de a eleição ser decidida no segundo turno e a ameaça
de liderança de Aécio Neves (PSDB) no segundo lugar da disputa.
Imagina-se que Marina terá dificuldade inicial de ser assimilada pelo PSB,
com o qual seus aliados da Rede têm fortes divergências. No entanto, ao PSB não
existe alternativa eleitoral viável fora Marina. Por outro lado, a tragédia pôs
o PSB temporariamente em suas mãos e a possibilidade real de ser eleita
presidente da República.
Não está descartada a hipótese de o substituto de Campos ser outra pessoa.
Afinal, Marina tem pouca ingerência no comando partidário do PSB que é compostos
por aliados viés a Campos e ao seu legado. Porém, uma análise dos nomes
disponíveis não encoraja essa opção.
* Murillo de Aragão é cientista político.
Créditos Noblat.
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