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CÂMARA DE DEPUTADOS DECIDE MANTER O ATUAL SISTEMA ELEITORAL: “DEIXA COMO ESTÁ PARA VER COMO É QUE FICA”!


1. Aconteceu o que era mais lógico, apesar da expectativa criada com a proposta do Distritão e as alternativas mais elegantes do voto em Lista e do voto Distrital Misto. Mais lógico na medida em que deputados eleitos por um sistema (e a maior parte deles o foram), o atual voto Proporcional Aberto, sentiram-se inseguros em alterar o sistema atual o que poderia colocar em risco os seus mandatos.
                
2. Numa Câmara de Deputados pulverizada com 28 partidos e que o maior não tem 14% deles, imaginar que uma mudança de sistema eleitoral que exigiria 308 votos teria passagem se mostrou ilusão ou ingenuidade.
                
3. O próprio encaminhamento das votações pelos líderes mostrou isso, com a maior parte deles deixando em aberto o voto, à escolha dos deputados.
                
4. Um fato novo surgiu durante as negociações por todo o dia. Os dirigentes partidários –especialmente dos partidos de tamanho médio e pequeno- temerosos de que as novas bancadas em 2018 pudessem ser afetadas e, com isso, perderiam fundo partidário e tempo de TV, mudaram a orientação a suas bancadas. O PR, através de seu anterior presidente, foi um exemplo.
                
5. A votação a favor do voto em Lista obteve votação pífia. Da mesma maneira o voto Distrital Misto. E o Distritão, com 210 votos a favor, ficou 98 votos aquém do requerido.
                
6. Da mesma forma a constitucionalização do financiamento privado e público da campanha ficou longe do requerido. Hoje seguem alternativas de financiamento que devem ser rejeitadas, voltando a atenção para a decisão suspensa do STF. Fica pendente a proibição de reeleição, que é a que mais chance tem de ser aprovada por não criar riscos para os deputados e ainda abrir espaço para concorrerem ainda em 2016 às prefeituras e em 2018 aos governos dos estados.
                
7. Também pendentes, a proibição de coligações e a cláusula de barreira, da mesma forma, enfrentarão a resistência dos partidos médios e pequenos pelos riscos para seus mandatos e provavelmente a do próprio PMDB por solidariedade a eles e necessidade de manter a unidade em plenário passada a votação da reforma política. Prevaleceu a lógica do “deixa como está para ver como é que fica”.
Blog do Cesar Maia / Blog do Capitão Fernando

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