Após seis meses à frente do Mercosul, o Brasil entrega nesta sexta-feira (17) a presidência temporária do bloco ao Paraguai, durante a 48ª Cúpula de Chefes de Estado do blogo. O governo da Argentina manifestou satisfação com os avanços em temas que eram prioridades para os países-membros, afirmou nesta quinta-feira (16), o subsecretário argentino de Relações Econômica Internacionais, Carlos Bianco, em entrevista ao Blog do Planalto, após participar da reunião do Conselho do Mercado Comum, no Itamaraty.
Para ele, o comando brasileiro foi extremamente positivo. “Consideramos que a presidência pro tempore pelo Brasil foi um êxito absoluto, disse. Acrescentou que o maior avanço ocorreu nas discussões em relação ao processo de adesão da Bolívia, como sexto país membro do bloco. O tema tem sido debatido desde 2011. “Acreditamos que avançou em muito temas que eram prioridade para o Mercosul, em particular a ampliação da quantidade de sócios, que é a adesão da Bolívia como membro pleno”, enfatizou.
Bianco destacou também as discussões para renovação do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), como instrumento de fortalecimento do bloco. “É uma bandeira do Mercosul, principalmente porque tem o objetivo de reduzir assimetrias entre os países maiores, mais ricos e os países de menor desenvolvimento”, comentou.
Destacou ainda que o Focem pode servir como condição para qualquer negociação externa, visto que se o bloco é capaz de manter esse instrumento, que assegura o tratamento diferenciado e especial para os países menores, também é capaz de pleitear esse mesmo direito nas negociações com os países mais desenvolvidos.
De acordo com o subsecretário argentino, outro tema abordado nas discussões foi o encerramento de importantes regimes econômicos especiais “que são muito importantes para o fortalecimento da zona livre de comércio e da união aduaneira”.
A próxima presidência temporária do Mercosul será assumida pelo Paraguai. Os países-membros se alternam na presidência pro tempore a cada seis meses.
Focem
O Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) destina-se a financiar programas para promover a convergência estrutural em várias áreas, em particular das economias menores e regiões menos desenvolvidas da região.
O Brasil é o maior contribuinte, aportando 70% dos recursos do fundo. A Argentina é responsável pela integralização de 27% do montante; o Uruguai, pela contribuição de 2%; e o Paraguai, de 1%.
Comentários
Postar um comentário
Não serão tolerados ofensas.