A presidente Dilma Rousseff se reúne nesta quinta-feira, 15, no Palácio da Alvorada, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente está fazendo inúmeras articulações políticas em Brasília com objetivo de ajudar a rearrumar a base aliada e evitar que o mandato da presidente Dilma possa ser colocado em julgamento pelo Congresso, bem como também estaria atuando para reaproximar o Planalto do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que está sob ameaça de afastamento do cargo, mas por denúncias de envolvimento nas irregularidades investigadas pela Lava Jato. Leia mais
FERNANDO HADDAD - ”Antiantirracismo” Sabemos que, ainda hoje, há uma prática no Brasil de simplesmente negar o racismo. Todo aquele discurso eugênico de embranquecer o país, que prevaleceu até os anos 1930, deu lugar à ideia de democracia racial, supostamente evidenciada pela miscigenação. Anos antes da Abolição, foi aprovada a Lei Saraiva (1881), que negava aos analfabetos o direito de votar. Na virada do século 19, os alfabetizados representavam 15% da população. Entre os negros, esse número, considerados censos latino-americanos com recorte racial (Cuba e Porto Rico), devia girar em torno de 2%. Essa realidade só veio mudar com o fim da ditatura militar, cem anos depois, em 1985, quando a taxa de analfabetismo no Brasil ainda era de 22%. A de negros, de cerca de 36%. O povo passou a votar. A luta pela universalização do direito à educação ganhou impulso. E logo os negros bateram à porta da universidade, que permanecia fechada. Vieram o Prouni (2004), o Reuni (2007), o Enem/SiS...
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