Hoje, 2 de fevereiro de 2016, vão ao ar as inserções do Partido dos Trabalhadores na TV.
Vejam aqui os vídeos: http://www.pt.org.br/?p=78102
Entre eles, um chama atenção em particular. Personagens carregam bandeiras de diversas cores e as agitam, indistintamente, enquanto o narrador encerra dizendo: “A hora não é de defender as bandeiras que nos separam. É de reunir forças para fortalecer o Brasil”.
A estratégia de conciliação de classes se mostra com toda a nitidez: nada de defender a reforma agrária, a reforma urbana, a discussão de gênero e sexualidade nas escolas, a auditoria da dívida, a redução dos juros, a desmilitarização das polícias, a democratização da mídia, a Constituinte da reforma política etc.
Em tempos de guerra, ao invés de se preparar para as duras batalhas, os idealizadores do vídeo pensam que abrir mão de nossas bandeiras em nome da uma pretensa união nacional interromperia a ofensiva conservadora.
Combinaram com os russos?
A maioria da direção do PT está completamente iludida quanto à disposição de frações da burguesia em recuar do golpismo e de seus objetivos estratégicos de alinhar novamente o Brasil com os interesses dos EUA, reduzir a renda e os direitos da classe trabalhadora e interditar Lula, o PT e o ciclo de governos progressistas e de esquerda na América Latina e Caribe.
Esta maioria imagina que o destino do governo Dilma e do PT depende principalmente de nossos inimigos, não da classe trabalhadora, dos setores progressistas e de esquerda. Assim, reiterando sua tendência suicida, ela insiste em fazer gestos de genuflexão aos golpistas, ao invés de recompor os vínculos com os setores que garantiram a vitória de 2014.
É hora de reforçar nossa luta por um um partido para tempos de guerra.
* Rodrigo Cesar é historiador e militante do PT
Comentários
Postar um comentário
Não serão tolerados ofensas.