O que estamos vivendo é o momento em que a luta de classes está cada vez mais acirrada. A estratégia adotada até aqui pela maioria da nossa esquerda era de conciliação de classes. Percebemos que essa estratégia trouxe a ascensão da classe trabalhadora, dando maior poder de compra, milhões de pessoas saindo da extrema pobreza, filho de pedreiro na universidade, sonho da casa própria e do carro etc.
Porém, esse momento histórico demostra que foi uma estratégia que duraria apenas um curto período e agora evidencia seus efeitos colaterais.
Vivenciamos mais um golpe, o desejo covarde de tirar uma presidenta eleita democraticamente por 54 milhões de brasileiros e contra quem não pesa nenhum crime. Manobra da direita burguesa apoiadora de golpes militares, golpes institucionais e de torturadores que apenas pensam em seu bem social e da sua família.
Os partidos contrários a esse golpe e os movimentos sociais do campo e da cidade devem perceber que é chegada a hora de realmente fazer a luta de classes, de radicalizar a política. Por isso, devemos reerguer as nossas bandeiras históricas e fazer mais do que nunca a defesa delas.
Cabe também à nossa presidenta, junto com sua cúpula, perceber isso: os únicos aliados confiáveis desse governo estão nesse momento lutando nas ruas para mantê-la na presidência. Cabe apenas à Dilma a radicalização desse governo, um governo à esquerda, inteiramente voltado para a classe trabalhadora. E que deve imediatamente expulsar essa corja golpista, trazendo para o seu lado pessoas que estão prontas a fazer uma ofensiva democrática, popular e socialista.
Cabe a nós, sindicatos, movimentos sociais e militantes, dar sustentabilidade para essa ofensiva, temos de aproveitar esse momento para manter a esquerda unificada e mais do que nunca, mantê-la para dar sustentabilidade a essa guinada à esquerda que nos fez vitoriosos no segundo turno de 2014.
Nós, militantes, temos o dever de reconquistar a classe trabalhadora que hoje, em sua maioria, está apoiando a direita. Consequência do bombardeamento dessa mídia golpista que se alimenta do recuo do nosso governo que não consegue assumir nem implementar um programa de esquerda que atenda aos interesses da classe trabalhadora, desses que foram as urnas e estão nas ruas em defesa do governo e da democracia. Um programa democrático, popular e socialista sem adesão das massas é insustentável e utópico.
* Cristopher Teixeira é militante da Juventude do PT de São Leopoldo/RS - Créditos Página 13.
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