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Minha Casa, Minha Vida só tem recursos até junho, admite ministro de Bolsonaro

O deputado José Ricardo (PT-AM) criticou nesta quarta-feira (24) a falta de interesse e compromisso do governo Bolsonaro em manter o Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) – uma das políticas sociais mais significativas dos governos Lula e Dilma. Segundo o parlamentar, o argumento sustentado pelo ministro de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto – que participou de audiência pública na Câmara dos Deputados – de que o programa só tem recursos suficientes para prosseguir até o primeiro semestre, revela que habitação também não é prioridade do atual governo.
“A gente percebe na apresentação do ministro que habitação não é prioridade do governo Bolsonaro, porque o recurso que já estava previsto, foi reduzido, ou seja, o orçamento para esse ano, um pouco mais de R$ 4 bilhões é um dos menores orçamentos dos últimos 12 anos para habitação. Esse montante foi contingenciado, e o valor que está disponível é R$ 2.900 bilhões. Esse montante, não dá nem para cumprir o pouco que ainda está sendo feito”, criticou José Ricardo, autor do requerimento que provocou o debate realizado pelas Comissões de Desenvolvimento Urbano (CDU), de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), e Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).

Aporte

O deputado colocou em dúvida se realmente o aporte de R$ 800 milhões – que o ministro disse que conseguiu junto à Casa Civil para segurar o programa até junho – vai se concretizar. “Mesmos esses R$ 800 milhões que ele (ministro) fala que foi solicitado, não há nenhuma garantia que esse recurso vai ser alocado. E o ministro não tem segurança em relação a essa questão porque sabe que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está contingenciando tudo que tem a ver com a população”, protestou.
O ministro confessou que o recurso para o MCMV é muito baixo e que é uma “incógnita mudar uma realidade que é posta”. Para José Ricardo, a fala de Canuto revela a falta de perspectiva para esse tema fundamental na vida de parcela da população carente de moradia. “Inclusive, a redução maior afeta exatamente a população mais pobre – aqueles com renda menor que são os que menos vão ter chance ou nenhuma chance, a partir de agora, de ter acesso à casa popular”, lamentou.

LDO

O deputado afirmou que essa realidade apresentada pelo ministro precisa ser modificada. “Isso não significa que a gente tem que aceitar isso. Nós temos que insistir, lutar inclusive na LDO que está em tramitação nessa Casa. Acho importante o nosso partido insistir nessa política habitacional que tanto ajudou o povo brasileiro. O PT tem voz para cobrar que recursos de outras áreas sejam alocados para dar continuidade ao Programa Minha Casa, Minha Vida”, argumentou.
Benildes Rodrigues

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