Brasil anuncia retorno de cubanos ao programa Mais Médicos
O Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira (11) uma portaria do Ministério da Saúde com a lista dos nomes dos médicos cubanos reincorporados ao projeto Mais Médicos.
De acordo com a portaria publicada, são mais de 350 profissionais que trabalharão em municípios de 24 estados. A saber: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
De acordo com a portaria, o programa Mais Médicos para o Brasil objetiva fortalecer o serviço de atenção básica do país.
Entenda o Mais Médicos
O programa Mais Médicos foi criado em 2013 pela então presidenta Dilma Rousseff com o objetivo de enviar profissionais da saúde para regiões pobres e que não tinham cobertura médica. Diante de seu sucesso, ele foi ratificado em 2017 pelo presidente Michel Temer.
Além do envio de médicos para áreas onde faltavam profissionais, o programa previa a ampliação do número de vagas nos cursos de graduação, especialização e residência médicas, além de melhoria na infraestrutura da saúde.
Os cubanos foram os últimos na lista de prioridade para a alocação de vagas. Isto significa que estes médicos foram trabalhar em locais onde os profissionais brasileiros e de outras nacionalidades não quiseram ir. Eles estiveram em mais de 2.800 cidades e nos 34 distritos de saúde indígenas.
Idas e vindas com o governo Bolsonaro
Crítico do programa Mais Médicos, o então deputado federal Jair Bolsonaro havia comparado, em 2013, os médicos cubanos com açougueiros.
Ao ser eleito em 2018, e mesmo antes de tomar posse como presidente da República no ano seguinte, Bolsonaro prosseguiu com sua cruzada contra o programa Mais Médicos. Na época, ele acusou os cubanos de serem "agentes infiltrados".
"Não aceitamos que se ponham em dúvida a dignidade, o profissionalismo, e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de seus familiares, prestam serviço atualmente em 67 países", dizia a nota.
Meses depois, em setembro de 2019, quando fez sua estreia na Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro afirmou que o programa Mais Médicos representava "um verdadeiro trabalho escravo".
Créditos Sputnik
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